A Assistência Social para quem dela mais precisa!
Natural do Distrito de Espanta Gado – Queimadas – Bahia, Sarah Oliveira é filha de agricultor e agricultora. Após a conclusão do Ensino Médio começou a faculdade de Zootecnia em 2001, ano em que se filiou ao Partido dos Trabalhadores (PT). Em seguida fez Serviço Social, Especialização em Psicanálise, Psicologia e Psicopatologia, já estando Secretária de Assistência Social fez Gestão Pública e especialização em Doulagem (Doula).
“O convite para estar Secretária aconteceu após a Coordenação do Programa de Gestão Participativa (PGP) o qual eu estava à frente da parte da Assistência Social durante a campanha. Para mim foi uma surpresa, pois nunca havia conversado sobre isso com o atual prefeito”. Relatou a Secretária Sarah Oliveira.
Repórter: Quais os principais desafios
na primeira Gestão enquanto Secretária de Assistência Social?
Sarah: O principal desafio foi
desmistificar, esclarecer a população sobre o que é Assistência Social, pois
ela é feita para quem precisa e também combater a ideia de assistencialismo e
que a assistência é uma forma de curral eleitoral. Fizemos o mapeamento de todo
o município através do Projeto Ciranda Social e estruturamos a própria
assistência, já que não tínhamos carros, computadores etc.
Repórter: Quais as diferenças
primeira e segunda gestão?
Sarah: Ainda na primeira
gestão construímos o Centro Administrativo de Assistência Social (CAAS) no ano
de 2019, o primeiro nesse formato com todos os serviços em um único espaço, o
que foi um marco na história de nossa gestão. Confira no Link: http://www.vr14.com.br/2019/10/prefeitura-de-queimadas-inaugura-o.html
Repórter: E como foi o
trabalho durante a pandemia?
Sarah: Durante a pandemia não
paramos. Precisamos fazer alguns ajustes, mas continuamos atendendo as famílias,
inclusive com atividades remotas, o que foi outro desafio devido a limitação de
muitas famílias ao aparelho celular e a internet. Nos reinventamos, mas mantemos
a média de atendimentos.
Repórter: Além da pandemia
existiram outros desafios?
Sarah: Sim. Os cortes do
Governo Federal na última gestão, promoveram um verdadeiro desmonte do SUAS,
chegando a sofrer cortes de até 60% nos recursos que (já eram mínimos). Se não
fosse a Gestão André Andrade perceber que a Assistência Social é necessária
para a população e dar total apoio, talvez nem tivéssemos chegado nesse patamar
de atendimentos.
Repórter: Qual o número de
funcionários e atendimentos? Me fale um pouco de números...
Sarah: Temos atualmente 48
funcionários (as) e dispomos de 05 veículos para atendimentos à população entre
Programa de Atenção Integral à Família (PAIF) e Proteção e Atendimento
Especializado à Famílias e Indivíduos (PAEFI). No PAIF temos o CRAS que contém
o Cadastro Único com vários programas inclusive o Bolsa Famílias com 4.000
famílias recebedoras e já chegamos a ter 7.000 inscritos, além do Programa
Primeira infância no SUAS com no total de mais de 1.000 famílias atendidas e o
Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos com mais de 300 usuários os
atendidos (as), nas comunidades de Tanques, Espanta Gado, Riacho da Onça e na
Sede do município (crianças, adolescentes e idosos). Já no PAEFI temos o CREAS
que, enquanto município de pequeno porte, deveríamos atender 50 famílias e
estamos atendendo uma média de 170 famílias muito acima do parâmetro
estabelecido em lei. Contamos com 02 psicólogas, 01 assistente social, 01
advogado, recepcionista, e temos a certeza que não alcançamos nem 20% das
pessoas que precisam no município desse tipo de atendimento.
A Secretária de Assistência Social Sarah Oliveira, atualmente faz parte representa 71 municípios de pequeno porte da Bahia e a única representante dos municípios do Território do Sisal (por 02 mandatos) no Conselho nacional de Gestores Municipais de Assistência Social. “Nos reunimos bimestralmente para discutir a assistência social a nível territorial.” Disse a gestora da pasta.
“Espero que para o futuro realmente todos possam executar a Assistência Social como ela tem de ser e para quem dela realmente precisa, e que possamos libertar a população dos vínculos de escravidão social e vulnerabilidade, empoderando e dando condições de todos terem uma vida digna, cessando assim o assistencialismo como ferramenta de submissão. Vamos retornar ano que vem nas comunidades para reavaliar o trabalho e tentar avançar ainda mais.” Finalizou.
Reportagem: Fabrício Yhasis, Marco Sena, Paulo Robson e Pablo Roberto.
Saiba mais:
https://www.youtube.com/@PrefeituraMunicipaldeQueimadas
ASCOM/PMQ
– Governo Flor Primeira do Sisal